domingo, 11 de abril de 2021

Ser humano, não uma máquina e aceitá-lo!

 Olá pessoal, espero que esteja tudo bem convosco.

À data da escrita desta publicação, foram anunciadas as novas medidas para o "desconfinamento", pelo que provavelmente o meu estado de espírito a escrever não será o mesmo do que o que era pretendido.

O objetivo passa por partilhar convosco que é muito bonito falar de estratégias para nos mantermos motivados, para termos a nossa produtividade em alta, para vermos o copo "meio-cheio".

Mas, somos humanos, para o bem ou para o mal. Há momentos em que simplesmente o peso desta incerteza, da nossa ansiedade, de informações contraditórias, ausência de contacto físico e social (seja com os nossos entes, seja mesmo no dia a dia), tem um impacto muito grande sobre nós.

E eu não serei exceção. Estas duas primeiras semanas de março têm sido difíceis de gerir, simplesmente liguei o piloto automático e apenas cumpri com as minhas obrigações "legais" e "higiénicas". Não fui capaz de ter o discernimento, a persistência ou a resiliência de ir contra esta força que me inibe de ir para além do que me faz sobreviver.

Assim sendo, como já referi em publicações anteriores, temos duas opções: ou deixarmo-nos vencer por este sentimento, ou ir contra ele. 

Como é lógico, eu escolhi o segundo, mas é um caminho que sei que tenho que percorrer, não vai funcionar com apenas um estalar de dedos. Até lá terei de dar tempo para fazer uma introspeção, ou um "reset", isto é, aceitar o que se passa, entender o porquê e como contornar, para que, gradualmente, regresse aos níveis pretendidos de motivação e produtividade.

Em tom de conclusão, todos temos momentos em que perdemos a nossa força e entramos numa espiral depressiva que nos suga toda a energia. Mas o primeiro passo é aceitar que estamos num mau momento, e, caso não o consigamos fazer sozinhos, procurar ajuda, de modo a que voltemos a um estado que todos merecemos: motivados, produtivos e felizes.

Desta vez explorei algo mais pessoal, mas penso que nestes tempos ainda estranhos, de uma maneira ou de outra todos tivemos uma experiência semelhante e por isso decidi partilhar.

Que os próximos tempos sejam melhores para todos.

Abreijos e até à próxima.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Independência Financeira

Olá pessoal, espero que esteja tudo bem convosco.

Hoje quis pegar neste tema, pois penso que em certa medida, todos nós o temos na nossa mente, apenas temos alguma dificuldade em defini-lo ou quais os passos para atingir.

Sinto que em Portugal especificamente, é quase um tabu falar em independência financeira, pois rapidamente se associa a pessoas que de forma criativa ou ilegal conseguiu subir na vida, ou então, seguindo narrativas de determinados espectros políticos, quem faz riqueza é um porco capitalista que apenas conseguiu à custa do pobre do operário.

Portanto, resumidamente, todos queremos ser independentes financeiramente, mas como não sabemos como o fazer, criticamos quem o consegue.

E como ainda vivemos num país livre, podemos para já falar abertamente de qualquer tema. 

Em primeiro lugar penso que é importante saber distinguir entre ser-se rico e ter riqueza, o que na minha perspetiva é isto:

  • Ser rico é ter muito dinheiro e ou outros bens;
  • Ter riqueza é ter disciplina financeira, o que não significa obrigatoriamente ter muito dinheiro e ou outros bens.

Pessoalmente, prefiro o segundo ponto, pois acho mais interessante a opção de poder obter determinado bem mas ainda assim optar por não o adquirir.

O exemplo prático do primeiro ponto é o vencedor do euro milhões que em meio ano volta à estaca zero.


Assim sendo, independência financeira poderá ser em termos sintéticos, ter rendimentos que não dependem diretamente do nosso trabalho, ou na prática, se hoje ficasse sem emprego, teria outras fontes de rendimento que me ajudariam a manter o mesmo nível de vida.

No entanto, e tendo em conta vários aspetos, um deles o nosso custo de vida, não é algo que se atinja de um dia para o outro, muito pelo contrário, a menos que sejamos uns felizardos com uma herança choruda. 

Ou seja, exige alguma literacia financeira, conhecer várias formas de obter rendimentos que não sejam exclusivamente das nossas 40 (ou mais) horas de trabalho semanal. 

Por outro lado, ser financeiramente independente não significa estar de "papo para o ar" enquanto as nossas contas vão subindo. Mesmo não sendo rendimentos obtidos por conta de outrem, exigem de igual modo trabalho, disciplina e dedicação da nossa parte, e leva alguns, senão MUITOS anos.

Felizmente a minha educação sempre teve por base não viver acima das nossas possibilidades, logo é mais do que meio caminho andado para ir atrás desta independência financeira. Desde as mais simbólicas semanadas e mesadas ou mesmo a prendinha da avó que usava a técnica do "não preciso de nada, por isso vou guardar"; e desde que comecei a trabalhar que mantive esta forma de pensar, mas de uma forma mais consciente. 

Infelizmente aquela ideia que venderam aos nossos pais de que nós, os filhos nascidos entre 1985 e 1995, iríamos, tal como eles ser recompensados apenas com o nosso trabalhinho, é mentira.

Portanto, mais do que nunca, se queremos viver com a segurança de que caso se dê um cataclismo, conseguimo-nos aguentar, ou então chegar a velhos com o máximo de conforto, temos de trabalhar desde cedo nesse objetivo.

Em publicações futuras, irei partilhar alguns caminhos para atingir esse estado.

Para já fico-me por aqui.

Abreijos e até à próxima.

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