quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Reduzir o tempo de ecrã

 Olá pessoal, espero que esteja tudo bem convosco.

 

Continuando em medidas para melhorar o dia a dia e focar-me naquilo que é mais importante, hoje o tema anda de mãos dadas com a publicação do “delete” às redes sociais.

 

A publicação de hoje passa pelas estratégias encontradas para passar menos tempo a olhar para o ecrã.

 

Este tema tornou-se de alguma forma importante para mim, pois em teletrabalho, as distrações são muitas e se queremos ser bons naquilo que fazemos, não podemos deixar que essas mesmas distrações tomem conta de nós.

Simultaneamente, estar em nossa casa ativa-nos o modo “zona de conforto” em que o aborrecimento toma conta de nós, e a procura por dopamina também aumenta, logo a consequência é desbloquear o telemóvel e procurar gratificação  imediata.

 

Adicionalmente, por conta de tanto tempo passado a olhar para ecrãs, esquecemo-nos de ir à janela, à varanda, ou caminhar pelo exterior e ver o nosso redor e sentir um pouco de ar e contacto com a natureza. Quantos de nós é afortunado por viver em locais com tanta riqueza paisagística e não a aproveita em detrimento da tal gratificação imediata?

 

O último motivo que encontrei para reduzir o tempo de ecrã, passa pelo excesso de informação, ou desinformação, que já expus em publicações passadas.

 

Assim sendo, pus mãos a obra.

Nos dias de hoje, quem tem um telemóvel Android (que é o meu caso, acredito que com outros sistemas operativos seja igual) pode aceder a aplicações que nos mostram entre outras coisas, quanto tempo passamos com o ecrã ligado, quantos desbloqueio fazermos e quanto tempo investimos em cada aplicação.

 

O primeiro passo já sabem qual foi: eliminar todas as apps de redes sociais. Não vou alongar sobre este ponto, mas para terem uma noção, mais de metade do meu tempo passado no telemóvel estava associado ao Instagram, Twitter e YouTube (se bem que esta última não desinstalei).

 

De seguida, para cada aplicação, incluindo Whatssap e email, desativei as notificações. Se algo é urgente e não pode esperar, há uma coisa que os telemóveis têm que se chama “chamada telefónica”, portanto, com esta medida eliminei a ansiedade que sentimos cada vez que o toque de notificação dá o ser ar de graça ou o LED de notificações nos pisca o olho.

 

O próximo passo foi verificar as aplicações mais utilizadas em termos de tempo e atribuir limitadores, ou seja, dando um exemplo prático, o whatssap tem um limite de 45 minutos por dia, logo quando o atingir, a aplicação fica automaticamente bloqueada até ao dia seguinte. 

 

Defini horários de bloqueio de determinadas apps; usando novamente um exemplo prático, durante as horas de trabalho, apps de caráter pessoal ficam bloqueadas, sendo que é “permitido” fazer pausas, eu vou fazendo pausas de 5 minutos.

 

À noite, para não cair no vício, programei o telemóvel a silenciar todas as notificações e a colocar o ecrã a preto e branco, desincentivando-me a usá-lo e a não ser bombardeado com aquelas cores também elas viciantes.

 

Por fim, defini um horário para o telemóvel se desligar e ligar automaticamente.

 

Todas esta funcionalidades foram realizadas na app da Google “Bem Estar Digital”.

 

Provavelmente vai parecer demasiado, mas eu tenho noção que sou viciado no meu telemóvel ao ponto de o desbloquear literalmente para nada, e, quem me conhece já sabe, para grandes males grandes remédios, por isso, isto só resultava indo pela via de medidas drásticas.

 

Consegui reduzir o tempo de ecrã de cerca de 6 horas por dia (sim é muito triste) para cerca de 2 horas, conseguindo atingir um recorde de apenas 48 minutos num domingo.

 

Confesso que foi muito difícil nos primeiros dias, pois tal como já referi, simplesmente pegava no meu telefone, desbloqueava-o e ficava em modo zombie a olhar para o ecrã. 

Igualmente dava por mim a ouvir toques de notificações inexistentes e a ver luzes de notificação que só existiam na minha imaginação.

 

No entanto, em menos de uma semana habituei-me. Se alguma noticia for urgente, ela chega à mesma velocidade com ou sem notificações, com ou sem redes sociais, com ou sem o telemóvel ligado, logo o tal famoso FOMO (Fear of Missing Out) não existe.

 

Permito-me assim ser mais focado quer no meu dia de trabalho, quer naquilo que gosto de fazer nos meus tempos livres, quer a dar atenção a quem realmente a merece ter.

 

Concluindo, para conseguir travar algo que para mim me estava a prejudicar os meus objetivos pessoais e profissionais, usei ferramentas que estão disponíveis para todos e defini estratégias para assim ajudar-me a combater este problema dos tempos modernos que é este vício do aparelhinho que anda connosco para todo o lado.

 

Espero que tenham gostado. Sintam-se livres para comentar.

 

Abreijos e até à próxima!

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