domingo, 21 de fevereiro de 2021

Confinamento 2.0 - Novas (velhas) rotinas 2.0

 Olá pessoal, espero que esteja tudo bem convosco.

À data da escrita deste texto, voltamos a um confinamento semelhante ao de março de 2020.

Pelos vistos ainda não é desta que isto melhora.

Como cidadão, fiz a minha parte e, felizmente, nem eu nem ninguém da minha família até ao momento contraiu este vírus.

Foram feitos alguns sacrifícios, tais como não festejar aniversários, não estar fisicamente com amigos nem familiares, não festejar o Natal nem a Passagem de Ano como em anos “normais”.

No entanto, o cumprimento das regras teve como prémio um novo confinamento.

A vantagem deste confinamento 2.0 é a experiência do passado, portanto, mesmo estando cansado de tanto esforço sem vislumbrar o seu resultado prático, e usando a perspetiva do “copo meio cheio”, chegou a altura de voltar a novos velhos hábitos.

Não me canso de escrever sobre o tema da saúde mental e como temos que reconhecer que todos, por mais forte eu sejamos, por mais conhecedores de nós mesmo que possamos ser, estas medidas mexem demasiado com o nosso estado mental, e urge arranjar estratégias para combater ansiedades, medos, depressões e todo o tipo de problemas mentais que a incerteza nos traz.

Como para mim o exercício físico tem um impacto muito forte no meu descanso mental, trouxe o ginásio para casa.

O primeiro passo foi arranjar material para me ajudar. Comprei estas bandas elásticas, e a partir daí comecei a seguir um plano de treino adequado.

Para o bem ou para o mal, vivemos numa era em que temos acesso a todo o tipo de informação literalmente ao alcance da palma das nossas mãos, por isso, mesmo que não haja disponibilidade financeira para ter um Personal Trainer, há bastantes opções online, pelo que não há desculpas para não mexermos o nosso esqueleto.

Pessoalmente costumo seguir os treinos deste canal. Tem exercícios para todos os gostos.

De qualquer modo, e visto que eu não sou formado nem em desporto nem em nutrição, o primeiro passo deverá ser procurar ajuda junto de quem sabe para poderem ter uma avaliação prévia e adequada ao vosso corpo, antes de começar a atacar um plano de treino e de nutrição aleatório que no final até pode ser mais prejudicial do que benéfico.

Durante os próximos tempos e enquanto os ginásios não reabrirem irei manter esta rotina pelos seguintes motivos:


·         Estar em casa aumenta obrigatoriamente o nosso sedentarismo e temos que o combater;

·         Repetindo-me, o exercício físico funciona como terapia mental para mim e mantém-me são, focado e com espírito leve;

·         Por fim, para não perder o hábito e assim, mal reabram os ginásios, não me custar tanto regressar.

Em jeito de conclusão, usemos a experiência do confinamento passado para não voltarmos a ficar presos em incertezas, em medos exacerbados pelos meios de comunicação social, em apatia por vermos os nossos empregos a desaparecer.

Arregacemos as mangas e procuremos formas de combater isto, porque ao contrário do que por vezes nos querem fazer ver, nós temos a força e o poder de mudar o nosso mundo, não estamos dependentes que alguém tome decisões por nós, ou seja, somos livres.

Não percam a esperança e façam a vossa parte enquanto indivíduos, enquanto sociedade e rapidamente sairemos desta repetição de pesadelo.

Abreijos e até à próxima.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Reduzir o tempo de ecrã

 Olá pessoal, espero que esteja tudo bem convosco.

 

Continuando em medidas para melhorar o dia a dia e focar-me naquilo que é mais importante, hoje o tema anda de mãos dadas com a publicação do “delete” às redes sociais.

 

A publicação de hoje passa pelas estratégias encontradas para passar menos tempo a olhar para o ecrã.

 

Este tema tornou-se de alguma forma importante para mim, pois em teletrabalho, as distrações são muitas e se queremos ser bons naquilo que fazemos, não podemos deixar que essas mesmas distrações tomem conta de nós.

Simultaneamente, estar em nossa casa ativa-nos o modo “zona de conforto” em que o aborrecimento toma conta de nós, e a procura por dopamina também aumenta, logo a consequência é desbloquear o telemóvel e procurar gratificação  imediata.

 

Adicionalmente, por conta de tanto tempo passado a olhar para ecrãs, esquecemo-nos de ir à janela, à varanda, ou caminhar pelo exterior e ver o nosso redor e sentir um pouco de ar e contacto com a natureza. Quantos de nós é afortunado por viver em locais com tanta riqueza paisagística e não a aproveita em detrimento da tal gratificação imediata?

 

O último motivo que encontrei para reduzir o tempo de ecrã, passa pelo excesso de informação, ou desinformação, que já expus em publicações passadas.

 

Assim sendo, pus mãos a obra.

Nos dias de hoje, quem tem um telemóvel Android (que é o meu caso, acredito que com outros sistemas operativos seja igual) pode aceder a aplicações que nos mostram entre outras coisas, quanto tempo passamos com o ecrã ligado, quantos desbloqueio fazermos e quanto tempo investimos em cada aplicação.

 

O primeiro passo já sabem qual foi: eliminar todas as apps de redes sociais. Não vou alongar sobre este ponto, mas para terem uma noção, mais de metade do meu tempo passado no telemóvel estava associado ao Instagram, Twitter e YouTube (se bem que esta última não desinstalei).

 

De seguida, para cada aplicação, incluindo Whatssap e email, desativei as notificações. Se algo é urgente e não pode esperar, há uma coisa que os telemóveis têm que se chama “chamada telefónica”, portanto, com esta medida eliminei a ansiedade que sentimos cada vez que o toque de notificação dá o ser ar de graça ou o LED de notificações nos pisca o olho.

 

O próximo passo foi verificar as aplicações mais utilizadas em termos de tempo e atribuir limitadores, ou seja, dando um exemplo prático, o whatssap tem um limite de 45 minutos por dia, logo quando o atingir, a aplicação fica automaticamente bloqueada até ao dia seguinte. 

 

Defini horários de bloqueio de determinadas apps; usando novamente um exemplo prático, durante as horas de trabalho, apps de caráter pessoal ficam bloqueadas, sendo que é “permitido” fazer pausas, eu vou fazendo pausas de 5 minutos.

 

À noite, para não cair no vício, programei o telemóvel a silenciar todas as notificações e a colocar o ecrã a preto e branco, desincentivando-me a usá-lo e a não ser bombardeado com aquelas cores também elas viciantes.

 

Por fim, defini um horário para o telemóvel se desligar e ligar automaticamente.

 

Todas esta funcionalidades foram realizadas na app da Google “Bem Estar Digital”.

 

Provavelmente vai parecer demasiado, mas eu tenho noção que sou viciado no meu telemóvel ao ponto de o desbloquear literalmente para nada, e, quem me conhece já sabe, para grandes males grandes remédios, por isso, isto só resultava indo pela via de medidas drásticas.

 

Consegui reduzir o tempo de ecrã de cerca de 6 horas por dia (sim é muito triste) para cerca de 2 horas, conseguindo atingir um recorde de apenas 48 minutos num domingo.

 

Confesso que foi muito difícil nos primeiros dias, pois tal como já referi, simplesmente pegava no meu telefone, desbloqueava-o e ficava em modo zombie a olhar para o ecrã. 

Igualmente dava por mim a ouvir toques de notificações inexistentes e a ver luzes de notificação que só existiam na minha imaginação.

 

No entanto, em menos de uma semana habituei-me. Se alguma noticia for urgente, ela chega à mesma velocidade com ou sem notificações, com ou sem redes sociais, com ou sem o telemóvel ligado, logo o tal famoso FOMO (Fear of Missing Out) não existe.

 

Permito-me assim ser mais focado quer no meu dia de trabalho, quer naquilo que gosto de fazer nos meus tempos livres, quer a dar atenção a quem realmente a merece ter.

 

Concluindo, para conseguir travar algo que para mim me estava a prejudicar os meus objetivos pessoais e profissionais, usei ferramentas que estão disponíveis para todos e defini estratégias para assim ajudar-me a combater este problema dos tempos modernos que é este vício do aparelhinho que anda connosco para todo o lado.

 

Espero que tenham gostado. Sintam-se livres para comentar.

 

Abreijos e até à próxima!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Rotina Matinal para a minha Saúde Mental (pessoal)

 Olá pessoal, espero que esteja tudo bem convosco.

À data da preparação deste texto, estávamos na iminência de um novo confinamento geral, pelo que provavelmente à data da publicação, esta rotina possa já não fazer sentido.

No entanto, o objetivo deste texto é partilhar como tenho vindo a gerir a ansiedade, e o sentimento de incerteza que esta dita pandemia tem causado em todos nós.

Estou em teletrabalho desde março de 2020, com um hiato em setembro, mas rapidamente de volta a casa.

Não vou dizer que não gosto de estar em casa porque estaria a mentir, mas faz-me falta o contacto visual e físico, quer seja dos meus colegas de trabalho, quer dos amigos.

E eu tenho feito a minha parte no que diz respeito ao combate do vírus.

No entanto, tal como já expliquei em publicações anteriores, muito tempo fechado em casa com a agravante de não estar fisicamente com ninguém, traz aumento do nível de stress e da ansiedade. O meu escape é a prática de exercício físico.

Adicionalmente, gosto de acordar cedo, por isso juntei as duas coisas e, de forma a evitar multidões, passei a prática do exercício físico para o início do dia, bem como as idas ao supermercado.

Deste modo, a minha rotina matinal consiste no seguinte:

                1. Acordar as 6:15

                2. Lavar-me e vestir-me

                3. Tomar um "micro-pequeno-almoço"

                4. Ir para o ginásio as 7

                5. Se aplicável, passar no supermercado as 8:20.

Vai parecer uma contradição, mas, apesar de isto parecer muito bonito, inspirador, um ato de coragem e foco, não é fácil.

Não é fácil estar no quentinho da cama e ter de sair dela às 6 da manhã, não é fácil estarmos ainda em modo "sono" e pegar pesado pouco tempo depois. Principalmente para alguém "procrastinador" como eu, exige bastante disciplina.

Para isso procurei estratégias facilitadoras:

                1. Preparo o saco do ginásio no dia anterior;

                2. Agora que estamos no inverno, coloco a roupa de desporto ao lado da cama;

                3. Deixo o pequeno-almoço pronto no dia anterior.

 

Assim, consigo fazer as coisas em modo piloto automático:

                1. Acordar;

                2. Vestir;

                3. Lavar;

                4. Tomar o pequeno-almoço;

                5. Pegar no saco do ginásio;

                6. Sair de casa;

                7. Treinar;

                8. Ir ao supermercado, quando é necessário;

                9. Regressar a casa;

                10. Arrumar;

                11. Começar a trabalhar.

Ao fim de duas semanas já não me custa tanto, e se em algum dia não consigo seguir esta rotina, sinto falta, mas a base destas rotinas é acima de tudo ser divertido e não ficar refém delas..

Em tom de conclusão, e repetindo-me, pretendi com esta publicação partilhar convosco como consegui conciliar o melhor dos dois mundos: escapar-me ao bicho do stress e da ansiedade praticando exercício físico em horários que a probabilidade de me cruzar com multidões é reduzida e as estratégias encontradas para conseguir manter esse foco.

Espero que tenham gostado.

Abreijos e até à próxima.

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